domingo, 27 de janeiro de 2013

This time is over...

     No meio do nosso caminho eu simplesmente soube que não iria dar certo. Mas quem disse que eu quis pular fora do barco? Na verdade, a gente sempre sabe quando uma coisa não é pra ser. E não importa as tentativas frustrantes de mascarar ou salvar uma relação com prazo de validade. Quando tem que acabar, não há otimismo ou conselho que resolva. Fiquei até o fim porque sou teimosa mesmo. Gosto de bagunça. Mas, amor, saber que não é certo, eu sempre sei. Mas gosto de pagar pra ver.



sábado, 26 de janeiro de 2013

Não é tão simples assim...


Ah, se as coisas fossem assim tão fáceis. Como se excluir no facebook fosse tirar da cabeça, como se deixar de ver fotos fosse uma tática quase tão eficiente quando tomar um porre e só lembrar das coisas no dia seguinte. Ah, essa mania boba que as pessoas tem de acreditar que a vida se resume a um "delete". Seria fácil demais. Só mostra o quanto tá machucado, o quanto não sabe lidar com a situação. O pior é que a grande maioria se ilude, deixa de olhar do seu pra olhar pelo do amigo, deixa de ver as fotos, mas ao mesmo tempo se importa com o que a pessoa tá fazendo. Pra que, hein? Até quando vamos acreditar que é fugindo que se resolve um problema? Esquecer junto à ausência é mole, quero ver conseguir tirar da cabeça olhando nos olhos e sabendo que a pessoa tá ali. Esse sim é um grande desafio. Eu cansei de máscara, aceito a verdade por pior que ela seja. Sofro tudo o que tiver pra sofrer, porque é assim que a gente vence o sofrimento. Encarando ele até o final, até não sobrar nenhuma beiradinha. Não suporto coisas mal resolvidas, não vejo graça em agir de uma forma pensando em afetar alguém. Faço o que quero e quando quero, da maneira que acho certo. Talvez seja por isso que eu tenha aprendido a me desligar mais facilmente do que eu acho que mereça ser desligado. Não é questão de um "delete", e sim de ter cabeça. Ou melhor, saber como usá-la.

domingo, 20 de janeiro de 2013

Eu te amo, sabe? Mas, não to mais apaixonada por você.


Hoje eu me senti livre, mas, não por que eu não estava presa a mais nada, é que eu não queria mais me prender a nada. Fiquei tanto tempo concentrada em te amar todos os dias sem entender o porquê, sem me perguntar pra que, acho que até mesmo sem ter um porque, e agora não me concentro mais. Eu te amo, sabe? Mas, não to mais apaixonada por você. Aquilo de ler, reler e treler conversas não existe mais. Aquilo de querer saber tudo da sua vida, de sofrer com cada partezinha de tudo, e depois ir dormir com o coração doído por que você passou mais um dia sem ligar, sumiu. Simplesmente não existe mais. Eu me libertei dessa coisa, coisa que alguns chamam de amor, já eu prefiro chamar de recaída. Por que você sempre foi isso pra mim, uma recaída. Eu me mantinha forte, reta, no caminho. Então se eu me desviava ou me entortava, era você ali, me puxando pra onde eu queria ir, mesmo sem precisar. Você é aquela pinga bem forte de quem fica anos sem beber, por que tem que ser assim; a gente nunca sai de uma abstinência e começa pegando leve, sempre tem que sair do básico e ir pro extremo. Eu tava me recuperando, tava até bem, de verdade, eu nem precisava fingir pra sorrir, tava dando tudo tão certo… Ai aconteceu, você aconteceu, e eu sai do pouco pro muito. Eu fui com tanta força de vontade que, na verdade, só me serviu pra quebrar a cara de um jeito inconcertável. Eu já chorei, já perdi o sono, a fome, o chão, e hoje em dia nem tempo eu perco. Por que você, apesar de tudo, é um desperdício. Eu não teria mudado nada, confesso, mas, você foi a minha maior perda. O que mais me fez perder. Hoje, depois de longos, e quase inacabáveis, dias, eu to bem. To bem sem você. E é tão bom dizer isso sem aquele aperto no coração, ou aquele nó na garganta, ou aquela vontade de chorar. Eu te exclui de tudo que pudesse me lembrar você, mas, não por birra…Foi por conveniência. Decidi memorizar meu CPF ao invés do seu telefone. Sempre fui teu ponto de fuga. Se tava ruim, você ligava pra mim. Se tava vazio, era eu que te preenchia. Se tava cheio, era eu que te guiava. Se qualquer coisa, o jeito quem dava era eu. Eu te atendia em qualquer hora do dia, tava sempre disponível, eu era tão sua que nem era mais minha. E eu sofria. Cada vez que você preferia todo o resto do mundo e me deixava como quinta ou décima opção, eu sofria. Eu sofria por que você não era minha primeira opção, não era por que não haviam outras, você era o único. E eu me remoía, ficava brava, brigava com o mundo, tudo por ele ser tão injusto de não me dar você. De tanto te preencher com tudo de mim acabei ficando vazia, e hoje, por um milagre divino, eu me reenchi. E quando a gente ta cheia, meu bem, a gente não precisa de mais nada. Hoje eu entendi que carta de amor boa é aquela que não tem choro, que não tem apelo, que não implora por algo que não se tem. Uma carta de amor boa é aquela que tem saudade, eu confesso, mas, ela não pede nada de volta, nem diz que quer nada, ela só manda lembranças, e não exige uma resposta. Digamos que essa é uma carta excelente, por que é assim que eu me sinto, e dessa vez não falta nenhum pedacinho. Agora eu consigo conversar com você como eu falo com o cara que arruma as goteiras de quando chove, é natural, meu coração nem te percebe. Eu consigo te ver sorrindo com o meu sorriso pra outras meninas e nem ligar, nem fazer mais questão. Consigo te ver precisando daquilo que só eu consigo te dar, daquele abraço, do espacinho na minha vida, o seu espacinho, e ainda assim preferir ignorar. Consigo ver beleza em todas as coisas, inclusive as que não tem nada de você. E a parte boa de quando você se liberta de um sentimento que te pesava, que te prendia, é que você não precisa de mais nada, por que você olha pra dentro de você e já vê tudo. Livre. Eu consigo até respirar sem querer chorar, consigo ver os nossos filmes, ouvir as nossas músicas, eu até consigo viver sem você. E, pela primeira vez, é a melhor sensação. “Algumas coisas voltam, outras não. E, a única lição que eu tiro disso é que tudo teve seu motivo pra ter sido dessa maneira”.