sábado, 29 de junho de 2013

Errar é viver

Eu já vivi o bastante para deixar um buraco no coração de alguém. Mas também já vivi o bastante para alguém machucar o meu. Já vivi o bastante para querer não errar. Mas também já vivi o bastante para saber que errar é aprender. Mas sei e vivi o bastante para saber que nesse “aprendizado” a gente se machuca e machuca os outros. Que nesse “aprendizado” a gente chora. E eu confesso que dessa forma eu já quis não aprender. Mas deixar de aprender é deixar de viver. E então eu já quis apenas existir. Mas é inevitável não errar, porque somos “seres imperfeitos” e agimos, mas com o coração do que com a razão. 
Mas infelizmente não da para não errar. Só se dá para não repetir o erro, mas o que estão por vir... Ah esses sim, não se pode evitar. Mas se pode reconhecer o erro e isso já ameniza parte dele. Porque nem todo mundo vence o orgulho, nem todo mundo é humilde o suficiente para reconhecer. Mas eu confesso que errei, machuquei e já fui atingido. E eu, reconheço que já vivi o bastante para saber quer reconhecer o erro é o mesmo que aceitar a vida, é o mesmo que aceitar viver, aceitar a aprender...

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Como eu quero...

Não sei se você apareceu no meio do giro ou interrompeu a volta completa,
Só sei que foi assim.
Foi como quem não quer nada
Não querendo
Querendo nas entrelinhas
Querendo tudo sem-querer
Pra ser sincera não posso descobrir
Nem perco mais meu tempo tentando também
Mas, se ainda quiser saber, eu quero...

quinta-feira, 27 de junho de 2013

The Only Exception

A gente acaba se acostumando com uma porção de coisas na vida, por medo da solidão ou pela segurança da estabilidade. Sempre me adaptei a muitas delas, vivo constantemente no modo automático e quase sempre nada me desperta interesse, é tudo um grande borrão pra mim, passam perto e eu não sinto, dançam vestidos de palhaço na minha frente e eu só bocejo. Quase nada me toca. É difícil achar algo que me faça sentir vontade de olhar uma segunda vez ou ter alguém com quem eu queira ficar perto por horas. Ainda não descobri se sou a defeituosa ou se o mundo que é defeituoso. Mas eu já te falei sobre essas coisas. Já te falei também, e aliás, quero repetir, que você é a exceção no meio disso. Você é minha não-adaptação.

"And I've always lived like this
Keeping a comfortable distance
And up until now I had sworn to myself that I'm content with loneliness
Because none of it was ever worth the risk." (Paramore - The Only Exception)

segunda-feira, 3 de junho de 2013

I learned to be a good girl.


Eu já não sinto mais como se eu realmente precisasse de alguém. Estou sozinha, como sempre estive, mas, agora eu consigo entender que estar assim me faz bem, me torna mais completa. Quantas vezes já não quis ter alguém pra cuidar de mim e me chamar daqueles nomes bonitinhos? Mas, agora cansei. Não sei se foi de esperar, ou de tanto me frustrar, mas, cansei. Eu não tenho mais aquela expectativa quando tropeço em alguém na rua mais parada da cidade, ou quando sorriem pra mim na avenida mais movimentada, simplesmente não tenho. Não é ego, mas, me sinto alto suficiente. Me fizeram ser assim. Eu já precisei de sorrisos, de afeto, de carinhos, de companhias, mas, de tanto precisar e não ter aprendi a viver sem. “A vida continua”, de fato, ela teve que continuar. Eu aprendi, não da melhor forma, mas, aprendi a seguir; em frente, para os lados, não importa, eu aprendi a seguir e não vou mais parar, por que parar sempre me causou uma dor que eu nunca aprendi a lidar. Boas garotas esquecem, vivem, continuam. Eu sou uma boa garota, hoje, mais do que nunca, eu preciso ser.



Still are you prenche my sadness.


São 6:10 da manhã e eu ainda não consegui dormir, fiquei pensando em você, e fazia tempo que meus dias não começavam assim. Às vezes eu fico confusa quanto a você, sobre o que acabou e o que nunca deveria ter começado, e sobre o que infelizmente ainda insiste em ficar dentro de mim. Não é justo, já faz tanto tempo que o certo seria eu não me lembrar, e eu quase consigo fazer a coisa certa. Mas ai eu penso de mais e volto a um tempo atrás, um tempo em que seu abraço era o meu porto seguro, o tempo em que ficar longe de você era um castigo. Castigo que qualquer um usava contra mim, era o meu ponto fraco. Em certas madrugadas, como essa, eu costumo olhar pra trás e perguntar onde eu me perdi, onde eu te perdi. E dói saber exatamente aonde foi, e saber que não tem concerto, e saber que eu já te superei, mas, que isso não quer dizer que eu não vá mais sentir sua falta. Às vezes superar só se trata de seguir em frente, aprender a respirar fundo e se mexer. Só que respirar fica difícil nessas noites mais frias, fica impossível por que alguma coisa que me lembra você me sufoca. E nessas horas só Deus sabe como eu queria mudar tudo, ou só esquecer, tirar isso da minha cabeça. A falta de sono sempre foi a minha pior inimiga, por que é no meu cansaço que você aparece. É no vazio que você chega. É no silêncio que você grita. E eu não quero mais ter que lidar com isso, essa falta de ar e pressão na cabeça. Eu preciso esquecer, não pode ser assim; você tem um primeiro amor e ai nunca mais tem paz? Isso tem que se resolver. Eu sei que você é muito bom em quebrar as coisas, principalmente copos e corações, mas acho justo que você concerte isso. Que você me recompense com uma vida ausente de lembranças, de saudades. Por que isso me afoga e você sabe, eu não sei nadar nas lembranças.
(15/01/2013)