segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Life and love


      Há algo mais leve que um sorriso? Ou um abraço apertado que deixa amavelmente preso sem que queiras sair? Até um beijo na testa depois de um olhar profundo, ou um simples arfar no ouvido acompanhado de um tocar de mão constituídos de afagos intrigantes. Existe coisa que alcance tamanha sinceridade? Ou algo mais marcante que o primeiro beijo?


      A vida é feita de momentos marcados e remarcados pelas escritas tortas e desalinhadas da vida. Momentos marcantes sempre me lembram amor. Me diz porque a vida não pode ser feita só de coisas boas se não há nada mais curador que um toque de paixão e uma enorme porção de amor?
        Amor é o que muda, é o que restaura, é o que renova. Amor é o que consegue transformar qualquer DNA mal fabricado pra um sangue puro e um pulsar mais leve. Amor é aquilo que não se dá pra passar em algumas linhas de uma folha de papel, mas ocupa todo nosso diâmetro do músculo cardíaco. Levezas como essas o vento não leva. Aliás, nada leva. Essas são coisas que ficam e cravam suas unhas em nossa alma de um modo que dificulta saída. E de fato elas tem que ficar. Pois são coisas como essas que nos fazem ser humanos, nos fazem carne, osso e alma. São coisas que alegram a vida e a enche de sabores.

        São coisas que o vento não leva porque se tornam tão pesadas que nem o mais forte dos furacões pode levá-las.

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Grande passo

Fiz uma grande escolha, aquela que muda toda a minha vida que ainda está por vir. Eu fiz a escolha certa, eu só sei disso.
Não foi fácil. Claro que não, e por mais que digam que eu estou indo para me livrar de tudo, não é bem assim, só quero me livrar de certas coisas. Mas isso é um problema? Eu querer ser feliz por fazer e está onde eu vou ser melhor, vou ser finalmente eu? Porque eu querer ser independente é sempre um problema?
Não to me jogando na forca, nem do precipício. Só quero um pouco de adrenalina nessa viagem em meio a um paraquedas.
Sonhei que sairia daqui. Que realizaria finalmente meu sonho de criança, ir para o mundo sem muito peso, porém com uma grande bagagem. Hoje entendo porque não me libertei antes. Não era a hora.
Mas a hora chegou. A hora de conhecer um novo mundo, uma nova forma de viver. A hora em que finalmente estou pronta para me encontrar - ao menos uma parte de mim, espero. Não sei se ali estará todos os meus pedaços, se completarei todos os meus vazios. Arriscarei.
Me jogarei de olhos bem abertos. Não quero perder os pequenos detalhes.
Parem. Não me venham mais com 'você está trocando o certo pelo duvidoso', 'você está com cinco períodos na faculdade, está na metade, não há como parar agora, é loucura', ' você vai se arrepender de ir sozinha', 'você tem que aprender isso já que vai está longe', 'não vai ter mais quem faça por você'... Parem.
Vocês não sabem, mas desde os meus 10 (dez) anos peço ao Superior a oportunidade de ir para o mundo a fora e conquistar TODOS os seus espaços. Nasce com isso. Entendam. Cheguei ao ponto de atirar no exército, me privar por 2 (dois) anos em um internato militar por achar que estava perdendo todas as oportunidades que eu tive. Pedi muito, quase exigi minha liberdade. Implorei por ela. Durante noites afins lutando com o sono e o pensamento de conquistar o mundo.
Parece maníaco um pensamento assim, mas para finalmente me achar sou capaz disso. Preciso me completar, e por fim me transbordar para em fim me sentir ... eu, eu sem interferências invasivas, dolorosas... sem tentativas de obrigar a me moldar a como todos me esperam.
Ponto de funga, sonho, ideal, loucura, arriscado, perda de tempo ...  rotulem, me julguem. Mas caiam na real que a louca aqui vai se realizar, vai ser feliz e transbordar. Vai ser. Finalmente, vai Ser.
Vou ser várias. Vou ser principalmente, saudade.
Saudade, vai ser nome, sobrenome, apelido... vai ser vício, vai ser vital.
Vou com uma parte completa, mas cheia de saudade. Vai meio vazia, então.
Sentirei, e já sinto uma saudade absurda. Não pense que não.
Desde quando acordo até quando vou dormir, tudo é saudade. Vou sentir saudades de acordar e olhar ao lado e ver minha implicância acordando com seu humor difícil, mesmo sendo acordada com tanto carinho. Vou sentir saudades de quando sair do quarto e ir ao banho, ver meus pilares sentados a mesa tomando seu desjejum, ou ouvi-los sussurrar na sala ao som da notícia matinal local. Sentirei saudades de sentar pela manhã a mesa e ter tudo posto a minha espera.
Vou sentir saudades de sentar ao carro, rumo ao trabalho, ouvindo melodias escolhidas a dedo pelo primeiro homem da minha vida. Saudades de entrar na sala de trabalho e falar bom dia, 'quais as novidades?' ou 'o que tenho de fazer hoje?'. Saudades do meu chefe, meu segundo pai, com seu sotaque carionense (RJ + PI).
Sentirei saudades de chegar em casa apos o expediente, sentar frente a TV e almoçar tranquilamente. Saudades da noite chegar e junto com ela minha pequena e linda implicância. Saudades de ficar reunida noites a fins com meus amores, meus mimos, meus melhor amigos, conversando, rindo, brincando e até mesmo discutindo, brigando.
Saudades de chegar a noite em casa e ir direto ao quarto de minha rainha, e ver como ela está e ter a certeza de que ela estará la - sempre.
Não tem do que não sentir saudade. Tudo vai me fazer falta. Mas tudo vai ficar como está, porque é tudo que tenho. É tudo que vou levar, preservar.
Vou sim. Vou, construir meu lar, minha vida, meu amor. Construir, construir, construir...
Farei um mundo, farei meu mundo - e de quem quiser e merecer fazer parte.
A certeza de que eu tenho é que será uma grande luta, e que cada batalha vai ser vitoriosa, mesmo que perdida, mesmo que fria, empatada.
E mais uma certeza é de que eu irei fazer tudo com amor, por amor, para o amor ... e serei em fim, feliz.

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Devaneios de uma mera aquariana

Meu bem, não se surpreenda com as minhas mudanças de hábitos, estilo, opinião. Sou adaptável ao momento, na verdade sou adaptável a minha vontade.
É isso que sempre vai prevalecer. A minha vontade.
Não adianta me dizer o que fazer, como fazer, a hora que fazer... não funciono assim ... só funciono para mim. Não é egoismo da minha parte eu me preservar e eu ter vontade própria, e pensamento próprio. Mas o que eu aprendi mesmo, aos troncos e barrancos foi adquirir Amor Próprio.
Me preservo quando acho necessário, me jogo quando me entedio. Quando a zona de conforto já não é tão confortável assim.
Estou sempre em busca do novo, do diferente. Mas acho que eu amo mesmo o comum, aquele perdido no tempo sabe? Antiquada. Sim. Talvez. Só quando se trata de sentimento.
Mas sentimento é algo que já não sei bem o que é. Não sei mais como gostar de alguém, como querer conquistar. Esse lugar já me bastou. Preciso de um novo urgente.
Preciso de alguém que me mostre que vale apena. Preciso de uma vida que é minha, mas que eu tenho vontade e prazer em querer dividir e multiplicar.
Será que na turbulência que é minha vida eu perdi o coração? Ou só os sentidos entraram em pani? Não sei  bem se tem volta, conserto ou qualquer coisa de encaixe. Já deixei nas mãos de quem sabe. Quem sabe?
Tenho o pieguismo dos românticos, acredito na metade da laranja, limão, melancia ... qualquer metade. (risos) Só acredito que eu terei a minha. Ao menos espero.
Não custa né? Acreditar um pouco. Vai que acontece.
Não é pecado e nem loucura da minha parte, eu um ser livre que não se contenta em ficar preso, que tem a liberdade em si, querer alguém pra compartilhar a estrada né? Não quero nada amarrado, preso, possessivo. Eu preciso de espaço pra ser feliz, pra fazer feliz. Amar, e ser amada.
É preciso de espaço, e não de uma gaiola. Assim eu perco meu canto, a minha alegria.
Ande ao meu lado apenas, nem a frente e nem atras. Só do lado.
Aceita??


domingo, 11 de agosto de 2013

"You either have the feeling or you don't..." (Ou você tem o sentimento ou não tem.)


Eu nunca tive um coração partido. Não diretamente. Não que a pessoa responsável soubesse. Reformulando. Eu já tive o coração partido diversas vezes, mas a dor sempre foi só minha. Eu me apaixono pelas pessoas, mas elas não sabem disso. Eu desapaixono e elas continuam sem saber. Elas me desapontam e nem se dão conta. E é assim que eu vou: eu, eu mesma e meu coração partido.

Mas essa sou eu e o meu histórico de frustrações amorosas não interessa aqui. Em Por Isso a Gente Acabou vamos conhecer a história da Min Green e do Ed Slaterton. Ela teve seu coração partido, mas a pessoa responsável soube disso. Não é Ed? Ah, Ed! Como eu gostaria de ter visto a sua reação ao receber a caixa e ler a carta da Min...

"Estou contando porque a gente acabou, Ed. Estou escrevendo, nesta carta, toda a verdade sobre o que aconteceu. E a verdade é que, porra, eu te amei demais." — Página 9

Ed e Min tiveram um relacionamento curto, porém intenso. E quando tudo chega ao fim, a Min resolve devolver todos os objetos que, de certa forma, marcaram o relacionamento dos dois. E junto com os objetos ela manda uma carta, nesta carta ela explica a importância de cada objeto e os motivos que os levaram a terminar.

A narrativa desse livro é contagiante, rápida, descontraída... Perfeita. Min tem um senso de humor incrível e mesmo quando fala sobre coisas não-tão-boas-assim ela não deixa o seu lado cômico de lado. Ela é inteligente, faz piadas cult e sonha ser diretora de cinema — isso faz com que o livro seja repleto de referências a alguns filmes, referências estas que são todas fictícias. O que é uma pena, pois, fiquei com muita vontade de assistir aos filmes citados. A forma como ela descreve o Ed é a maneira que uma típica adolescente apaixonada descreveria, então, fica difícil não achá-lo fofo, querido, amável. Afinal, é assim que ela o vê — ou via. 

Como eles terminaram, é de se esperar que alguma coisa tenha dado errado. Mas o motivo do término só nos é revelado nas últimas páginas. Então, confesso que durante a maior parte do tempo eu torci pra que existisse alguma forma de eles não terminarem. Eu realmente torci por eles. Eu queria que tivesse dado certo. A vontade que eu tinha era de chorar e rir em cada página.

" 'Te vejo segunda!', você gritou, como se tivesse acabado de descobrir os dias da semana. A gente achou que tinha tempo. Eu acenei mas não podia responder, porque finalmente tinha me permitido sorrir tanto quanto eu queria a tarde inteira, a noite inteira, cada segundo de cada minuto com você, Ed. Que merda, acho que eu já te amava. "— Página 72

O livro é cheio de ilustrações, isso torna a leitura ainda mais dinâmica. Os personagens secundários são muito bem construídos e são essenciais para o desenvolvimento da história. Dentre os personagens secundários o Al, melhor amigo da Min e a Joan, irmã do Ed, foram os que mais me cativaram.

"Eu acabaria com qualquer dia, todos os dias, por essas longas noites com você, e foi o que fiz. Mas é por isso que já estava condenado, bem ali. A gente não podia ter só as noites de magia zumbindo pelos fios. A gente tinha que ter os dias, também, os belos e impacientes dias que estragavam tudo com os cronogramas inevitáveis, os horários obrigatórios que não cruzavam, os amigos leais que não se gostavam, os absurdos imperdoáveis rasgados da parede independentemente das promessas feitas depois da meia-noite, e foi por isso que a gente acabou."— Página 94.


Certa vez ouvi a seguinte frase: "até o amor que não compensa é melhor que a solidão". Não lembro quem disse, onde ouvi ou se li por aí... Mas nunca consegui esquecê-la. Há quem concorde, há quem discorde. Eu discordo, sou acostumada a ser sozinha e não acho que vale a pena aguentar alguém só pra ter companhia. Mas o problema é que, na maioria das vezes, não sabemos se vai valer a pena. A gente tem que pagar pra ver, não é Min?

Seja como a Min — não seja como eu! — amem como se não houvesse amanhã, diga eu te amo quando realmente sentirem isso, se permita viver. E se com isso vier um coração partido, sabe o que você faz? Junte tudo que te traz lembranças, coloque numa caixa, escreva uma carta, chame o seu melhor amigo e jogue essa caixa na porta do seu ex. tump! Resolvido. É melhor viver e ter o que se lembrar — lembranças boas e ruins, sim... — do que ficar apenas imaginando como teria sido se você tivesse arriscado. 
                                                   
                                                     Por Isso Que a Gente Acabou - Daniel Handler

PS: Sim! Pra quem ainda não sabe, Daniel Handler é Lemony Snicket, o autor das Desventuras em Série.

A nossa vida só pára pra recomeçar novamente.

Do que já doeu, já sufocou, já foi insuportável e jurou que nunca ia passar, só restou lembrança. Junto da sensação de que todas as coisas eternas passam, e não há nada que seja infinito, a não ser o que se está vivendo no momento. Porque tudo não tem um fim, até ter: quando dor é cessada e inesperadamente suportada, quando as promessas são quebradas, as palavras perdem o sentido e os amores se vão. E a graça disso tudo é que você sempre vai estar pronto pra mais, mesmo pensando lá atrás que nunca esteve pronto pra nada. Sempre está. E sempre vai estar. A nossa vida só pára pra recomeçar novamente.



segunda-feira, 29 de julho de 2013

Ela conversava olhando pros meus olhos. Eu olhava pros seus pés descalços. Em parte porque eu queria evitar seus olhos, parte porque seus pés eram maravilhosos. Os dedos irregulares e tortos, que se contorciam ao andar. Um passo delicado e brusco. Incerto e seguro. Ela dizia que os dois anos de balé tinham sido uma total perda de tempo, eu achava que resultaram num dos mais belos paradoxos.
-Você poderia olhar pra mim? - ela perguntou rindo. 
-Tente chamar mais atenção do que seus pés.
-Não consigo. Eles são espetaculares. Certo?
-Em absoluto.- Falei encontrando seu olhar. 
 Me perderia nela dos pés a cabeça.
Academias me brocham. Um conjunto de pessoas com reduzida massa encefálica procurando aperfeiçoar sua massa muscular me desestimula a acreditar que somos seres superiores. Mulheres que empinam o bumbum como se seus glúteos fossem a atração do momento, o que não deixa de ser verdade... Homens disputam na frente do espelho quem tem o bíceps, tríceps – e tantos outros íceps – maior, a la ‘no pain, no gain’ de um jeito que os deixa mais frangos do que se fossem colegiais magricelos com nariz escorrendo... Mas não é só de academias que se faz minha repulsa. A cidade está lotada de pessoas vazias. Sou pretensiosa ao ponto de esperar que alguém sente ao meu lado no ônibus ou divida uma mesa comigo num bar ou pegue o mesmo livro que eu na biblioteca e em qualquer hipótese supracitada desfeche-a salvando-me de mim. Já não consigo mais conviver com o banal, vulgar, prosaico. Lastimo-me pelos cantos pela minha falta de interesse pelo mundo, mas creio eu que a culpa está na falta de cor... Futebol pouco ou nada me interessa, novela nunca entrou no meu rol de assunto e papo furado noite à fora – que já tanto me encantou – hoje me parece estúpido e infantil. Eu, que sempre quis saber conversar sobre cinema finlandês ou documentários sobre o marasmo dos desertos quase esquecidos do oriente médio, me assumo fora dos padrões cults tão in. Não quero mais me dedicar a ser uma moderninha tão forçada, não quero parecer um robô tão dentro dos padrões. Quero que retirem o bendito código de barras que se confunde com o meu código genético. Dedico-me somente a um livro e meus escritos vagos e – atualmente – tão sem rumo. Estou mais seletiva, quase inatingível. Não me acho mais por ai, não me agrada mais os mesmo assuntos e fica cada vez mais difícil alguém que me mantenha acordada durante um diálogo – lê-se monólogo – e tudo fica pior quando a outra pessoa insiste na minha atenção. Hoje em dia só concordo, assinto.

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Se não fosse assim, não seria eu.

Tenho a mania de sabotar minha própria felicidade pelo medo de que ela seja tirada de mim no momento seguinte. Apenas por obra do bom e velho destino, que acaba com o tudo e o transforma em nada em questão de segundos. Por isso, antes de me acostumar com a história de ser feliz, já penso em dez maneiras diferentes de correr pro lado contrário. Pelo menos tenho a quem culpar estragando tudo antes que se estrague por conta própria.

quinta-feira, 18 de julho de 2013

É a sua vida, o controle está em suas mão.


Você se apega com a sua consciência e vai. Algumas palavras não merecem ser ditas, algumas sentenças não precisam serem ouvidas. Então você fecha o corpo, a mente, e o coração. Fecha-se pra dentro e ouve o seu próprio silêncio. Fecha-se pra si mesmo, pra deixar que a única voz que realmente importa lhe guie em suas decisões. Ser um robô é muito fácil, basta ser programado para fazer aquilo que você crer que precisa fazer. Ser um humano é difícil, porém necessário pra se passar por essa vida. Não leve pro sentido literal aquilo que digo. Ser um humano é tomar suas próprias decisões baseado naquilo que você têm fé, sem precisar temer, sem precisar rever por opiniões divergentes, sem se deixar levar. Nem sempre as outras pessoas estarão certas a seu respeito, ou a respeito do mundo, por isso, ser um humano requer além de opinião formada, personalidade forte e imutável. Não seja mais um robô fabricado pelos velhos preceitos, pelos velhos defeitos. Seja você, diferente por natureza, apegue-se aquilo que acredita, e não desista. É a sua vida, o controle está em suas mãos.

segunda-feira, 8 de julho de 2013

O fim da linha




Depois que passa nem parece que foi real. De concreto só as lembranças meio embaralhadas, que a cada dia se tornam mais confusas e apagadas. Tudo muito distante e improvável. Um grande abismo surgido e a pergunta que ecoa, “pra onde foi tudo isso aí, aqui dentro de mim?". As provas aparecem por todos os lados: os textos rabiscados, os recados deixados, as músicas mandadas madrugadas à dentro. Tudo foi vivido, mas nada me lembra na pele o que eu sentia. Mas é isso. O fim da linha no amor não é quando acaba, é quando você pensa que nunca existiu.

domingo, 7 de julho de 2013

Way, heart, target

Foi eu ou o amor que se perdeu no caminho? Ou será que ele nunca apareceu de verdade?
Prefiro acreditar na segunda possibilidade. Tem que haver esperança... por mais que dolorosamente.
Tudo bem que resolvi mudar de caminho, mas era preciso. Havia decepção de mais por la, escuridão de mais pra um caminho bom. Não foi fácil, e não é fácil você ter que tomar decisões contra um tempo tão magnifico e ao mesmo tempo tão cruel.
Será que naquela bifurcação demorei de mais e o amor cansou de esperar. Tomara que não.
Não, eu não demorei a decidir. Demorei mesmo foi enxergar e acordar pra vida que eu tava me obrigando a viver. Uma vida que não parecia real, tão instável. Então como um click, ou como algo divino - como queria. Eu simplesmente mudei.
Decidi arriscar, ir la onde TODO MUNDO, mas é TODO MUNDO MESMO, acredita que é impossível que aconteça. Mas o que ninguém sabe é que já tava escrito, quase que óbvio.


Sempre soube que meu lugar é outro, e tenho esperança que o amor esteja la, me esperando na varanda de casa, com uma xícara de café ou chocolate quente, e muito amor pra me dá. Que esteja sempre disposto a me escutar e a dizer o que se passa. Que me dê belos sorrisos e melhores momentos. E que esses momentos superem sempre qualquer crise. Que eu posso fazer minhas escolhas e ele as dele, mas que isso não nos distancie, só nos una. Que a cada desencontro possamos encontrar sempre os melhores caminhos de volta.
Ta, ta. Tudo bem, sou romântica. E talvez piegas.
Mas quem não sonho com um amor assim? Não perfeito, mas tão imperfeito que se encaixa com seus próprios defeitos, e que a diferença ao invés de afastar apenas os una?
Aaah! Por favor, sejamos sinceras.
Que não sonha com um Cristian Grey (do livro: Cinquentas Tons), ou com um Augustos (do livro: A Culpa é Das Estrelas), ou com um Léo Nash, ou Luke Williams, ou Will Motgomery (dos livros da série: With Me In Seattle), ou qualquer personagem de um livro incrivelmente realista e romântico, onde você consegui se imaginar nele, por ter personagens com defeitos e tudo mais que qualquer pessoa normal.
Sou uma mulher, e como toda mulher sonho com seu amor.
Mas não sou uma mulher 'limpa', inocente e que não foi nem um pouco iludida. Assim como já brincaram com meus sentimentos, tive os meus momentos. Mas meu problema foi que eu me fadei a me relacionar com caras idiotas, mentirosos e eu que sabia que no fim somente eu seria a destroça. Eu achava que era o 'amor' que eu merecia, acredite se quiser. Mas nunca me achei tão merecida assim do amor... então já imagina o resultado né?
Só que era difícil demais eu acreditar que merecia. Meu psicológico não tava preparado pra acreditar. Como poderia? Era almejar demais.
Mas foi ai que me dei conta. Eu nasci para o impossível, mesmo com o MUNDO contra mim. Foi pra isso que eu nasci. Tenho que honrar a vida que foi me dada e finalmente conquistar minhas vitórias, as impossíveis da visão dos anti sonhadores, dos que se julgam realistas.
Nasci pra lutar, pra revolucionar a minha vida, o meu destino que insistiram em trassar como meu sem ao menos terem a noção do que realmente sou capaz.
E eu? Eu vou apenas continuar e lutar pelo caminho que escolhe e que sei que é o melhor pra mim. 
Vou chegar la, ou além.

sábado, 29 de junho de 2013

Errar é viver

Eu já vivi o bastante para deixar um buraco no coração de alguém. Mas também já vivi o bastante para alguém machucar o meu. Já vivi o bastante para querer não errar. Mas também já vivi o bastante para saber que errar é aprender. Mas sei e vivi o bastante para saber que nesse “aprendizado” a gente se machuca e machuca os outros. Que nesse “aprendizado” a gente chora. E eu confesso que dessa forma eu já quis não aprender. Mas deixar de aprender é deixar de viver. E então eu já quis apenas existir. Mas é inevitável não errar, porque somos “seres imperfeitos” e agimos, mas com o coração do que com a razão. 
Mas infelizmente não da para não errar. Só se dá para não repetir o erro, mas o que estão por vir... Ah esses sim, não se pode evitar. Mas se pode reconhecer o erro e isso já ameniza parte dele. Porque nem todo mundo vence o orgulho, nem todo mundo é humilde o suficiente para reconhecer. Mas eu confesso que errei, machuquei e já fui atingido. E eu, reconheço que já vivi o bastante para saber quer reconhecer o erro é o mesmo que aceitar a vida, é o mesmo que aceitar viver, aceitar a aprender...

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Como eu quero...

Não sei se você apareceu no meio do giro ou interrompeu a volta completa,
Só sei que foi assim.
Foi como quem não quer nada
Não querendo
Querendo nas entrelinhas
Querendo tudo sem-querer
Pra ser sincera não posso descobrir
Nem perco mais meu tempo tentando também
Mas, se ainda quiser saber, eu quero...

quinta-feira, 27 de junho de 2013

The Only Exception

A gente acaba se acostumando com uma porção de coisas na vida, por medo da solidão ou pela segurança da estabilidade. Sempre me adaptei a muitas delas, vivo constantemente no modo automático e quase sempre nada me desperta interesse, é tudo um grande borrão pra mim, passam perto e eu não sinto, dançam vestidos de palhaço na minha frente e eu só bocejo. Quase nada me toca. É difícil achar algo que me faça sentir vontade de olhar uma segunda vez ou ter alguém com quem eu queira ficar perto por horas. Ainda não descobri se sou a defeituosa ou se o mundo que é defeituoso. Mas eu já te falei sobre essas coisas. Já te falei também, e aliás, quero repetir, que você é a exceção no meio disso. Você é minha não-adaptação.

"And I've always lived like this
Keeping a comfortable distance
And up until now I had sworn to myself that I'm content with loneliness
Because none of it was ever worth the risk." (Paramore - The Only Exception)

segunda-feira, 3 de junho de 2013

I learned to be a good girl.


Eu já não sinto mais como se eu realmente precisasse de alguém. Estou sozinha, como sempre estive, mas, agora eu consigo entender que estar assim me faz bem, me torna mais completa. Quantas vezes já não quis ter alguém pra cuidar de mim e me chamar daqueles nomes bonitinhos? Mas, agora cansei. Não sei se foi de esperar, ou de tanto me frustrar, mas, cansei. Eu não tenho mais aquela expectativa quando tropeço em alguém na rua mais parada da cidade, ou quando sorriem pra mim na avenida mais movimentada, simplesmente não tenho. Não é ego, mas, me sinto alto suficiente. Me fizeram ser assim. Eu já precisei de sorrisos, de afeto, de carinhos, de companhias, mas, de tanto precisar e não ter aprendi a viver sem. “A vida continua”, de fato, ela teve que continuar. Eu aprendi, não da melhor forma, mas, aprendi a seguir; em frente, para os lados, não importa, eu aprendi a seguir e não vou mais parar, por que parar sempre me causou uma dor que eu nunca aprendi a lidar. Boas garotas esquecem, vivem, continuam. Eu sou uma boa garota, hoje, mais do que nunca, eu preciso ser.



Still are you prenche my sadness.


São 6:10 da manhã e eu ainda não consegui dormir, fiquei pensando em você, e fazia tempo que meus dias não começavam assim. Às vezes eu fico confusa quanto a você, sobre o que acabou e o que nunca deveria ter começado, e sobre o que infelizmente ainda insiste em ficar dentro de mim. Não é justo, já faz tanto tempo que o certo seria eu não me lembrar, e eu quase consigo fazer a coisa certa. Mas ai eu penso de mais e volto a um tempo atrás, um tempo em que seu abraço era o meu porto seguro, o tempo em que ficar longe de você era um castigo. Castigo que qualquer um usava contra mim, era o meu ponto fraco. Em certas madrugadas, como essa, eu costumo olhar pra trás e perguntar onde eu me perdi, onde eu te perdi. E dói saber exatamente aonde foi, e saber que não tem concerto, e saber que eu já te superei, mas, que isso não quer dizer que eu não vá mais sentir sua falta. Às vezes superar só se trata de seguir em frente, aprender a respirar fundo e se mexer. Só que respirar fica difícil nessas noites mais frias, fica impossível por que alguma coisa que me lembra você me sufoca. E nessas horas só Deus sabe como eu queria mudar tudo, ou só esquecer, tirar isso da minha cabeça. A falta de sono sempre foi a minha pior inimiga, por que é no meu cansaço que você aparece. É no vazio que você chega. É no silêncio que você grita. E eu não quero mais ter que lidar com isso, essa falta de ar e pressão na cabeça. Eu preciso esquecer, não pode ser assim; você tem um primeiro amor e ai nunca mais tem paz? Isso tem que se resolver. Eu sei que você é muito bom em quebrar as coisas, principalmente copos e corações, mas acho justo que você concerte isso. Que você me recompense com uma vida ausente de lembranças, de saudades. Por que isso me afoga e você sabe, eu não sei nadar nas lembranças.
(15/01/2013)

quarta-feira, 29 de maio de 2013

I'm?! Hmm...


Sou aquela que grita em silêncio, que o olhar revela de mais, que a expressão entrega, que o chora confunde. Incompleta, imperfeita.
Detalhes, os menores, são pequenos pedaços de mim. Junte-os e me desvendarás. Mas cuidado, é perigoso ... é intenso de mais.
Meu defeito, e minha qualidade.
Confundo de mais... me confundo de mais, solto detalhes que enganam. Vamos! Me desvende se for capas. Te desafio.
Ferida, iludida, inocente, irônica, perdida, apaixonada, vingativa, guerreira, ilusionista, fera, boneca... E tudo que exala de mim grita: Perigo! Perigo! Alta voltagem.
Volúvel? Bipolar? Maybe, maybe. Vai saber. (risos)
Quem realmente sou?!... Depende, tudo depende. Qual 'EU' você vai querer despertar? A única coisa que lhe garanto é que independente de qualquer uma que venha escolher... todas, todas repito, são intensas.




Mas sabe o que eu desejo?
...
Bem, meu desejo é que existisse alguém que fosse capaz de despertar não apenas uma, mas todas de uma só vez e finalmente conseguisse equilibrar em mim tanta intensidade. Acho que a qualquer momento posso entrar em curto.
Ando cansada entende?
Só um pouc... um muito cansada.


Mas o caminho é longo e a luta é árdua. Não posso parar... no fim vai valer a pena... vai valer.

domingo, 12 de maio de 2013

Como um todo

Você gosta que ela goste de você? Você gosta de carinho? Ser bem tratado? Saber e sentir que ela é apaixonada por você? Você gosta do cuidado e da preocupação que ela tem por você? De como ela se importa com a sua vida. De saber que você está bem. Como ela quer ajudá-lo. E estar ao seu lado. E estar ali, pra dar uma força se, por ventura, você deixar a peteca cair. Se coloque no lugar dela, pelo menos uma vez. Ela está aí porque quer. Porque gosta do jeito que ela é com você. Porque gosta de você. Se não fosse por isso já teria ido embora. Mas não. Ela não quer ir pra outro lugar. Porque ela fica triste longe de você. O mundo fica esquisito e anda de uma forma devagar e lenta sem você. Por isso ela nunca quis que você pensasse em ir. Ela gosta de música, dias bonitos, cachorros, brisa do mar, sol, frio, sentir o vento dançando nos cabelos, rir até a barriga doer, falar besteira, desenvolver “teorias” malucas, filmes, viajar, chocolate, arte, você. No meio disso tudo você sabe quem ela é e como se sente. Ela gosta do seu jeito manso e doce. Do seu lado carente e delicado. E tem ciúmes de você. Ela gosta das suas palavras carinhosas e do seu lado divertido. Do seu jeito infantil de não saber lidar com pequenos contratempos. De você como um todo.

- Clarissa Corrêa, adaptado para Rauena Sousa.

sexta-feira, 5 de abril de 2013

E eu aprendi,

Eu pensei que o meu mundo isolado era tão isolado quanto eu pensava. Mas, descobri que existem pessoas tão iguais a mim quanto eu mesma. Eu pensei que não tinha amigos, mas descobri que eu também construía muros ao invés de pontes. Descobri que sonhava com um príncipe encantado num cavalo branco não tão encantado assim, é, eu descobri que eles não existem. Eu pensei que dinheiro fosse me fazer feliz, mas descobri que nas coisas simples é que estão as maiores riquezas. Eu pensei que a vida dava voltas, mas descobri que era eu quem mudaria tudo. Eu pensei que seria importante para alguém, mas descobri que me importar comigo mesma era o que realmente eu necessitava. Eu descobri que eu tenho que fazer tudo o que em minha opinião é realmente importante, por que se eu não fizer ninguém vai fazer por mim. Eu achava que todo problema que eu tivesse eu poderia me trancar no meu quarto começar a chorar até que os problemas se resolvessem sozinhos, mas eu tive que aprender que eu tenho deveres e o mais importante de todos é me tornar alguém, amadurecer sozinha e resolver as minhas coisas sem precisar de alguém segurando a minha mão. Eu tive que criar alguns limites e metas para que eu um dia possa alcançar o que eu desejo. Aprendi também que será maravilhoso conquistar todos o meus sonhos com alguém ao lado, mas se isso não for possível eu terei que seguir em frente mesmo que fiquem pedaços meus pelo caminho que eu escolher seguir. Aprendi que a minha força de vontade e a minha fonte de energia tem que vir de dentro de mim. Não é que eu tenha me tornado egoísta, mas eu devo confiar no meu potencial, por que se eu não for fortemente confiante ninguém vai ser por mim. Deposito minha confiança e entrego o melhor de mim as pessoas que realmente fazem por merecer, não que eu seja desconfiada, mas sorrisos não podem me comover, por que falsos também sabem sorrir. Aprendi que da minha vida cuido eu. Não conto muito sobre mim pra ninguém, para que ninguém saiba coisas que possam me destruir, minhas maiores fraquezas ficam guardadas comigo.


quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Por Débora Tavares



Eu me importo com você. Eu vou mudar meu status para “em um relacionamento sério”, vou te dar as mãos na rua, vou te beijar, abraçar e eventualmente ignorar a TV por você. Vou atender suas ligações quando estiver com meus amigos e vou deixar de vê-los às vezes, por você. Eu também vou reclamar que você reclama demais, fala demais, come demais, exige demais. Vou te chamar de louca, vou querer te arrancar pedaços, vou ameaçar te deixar pra sempre. Vou visitar meus amigos de madrugada, vou sair sem te dizer, vou ignorar tua carência, teus apelos e a maioria das tuas mensagens desesperadas. Vou te colocar em segundo plano, vou viajar, vou beber, vou fumar, vou esquecer de te ligar e de te amar. 

Eu também vou dizer que você é linda, mas te xingar se você engordar meio quilo. Vou dizer que quero te agradar, mas vou colocar dezenas de empecilhos toda vez que você me pedir alguma coisa que me deixe ligeiramente desconfortável. Vou dizer que quero te ver feliz, mas depois o Paulinho vai me ligar com alguma coisa imperdível e você vai ficar pra mais tarde. No outro dia também. Vou dizer que adoraria ver aquele filme com você, mas sempre que você sugerir eu vou achar uma coisa mais interessante para a gente fazer. Eu eventualmente vou te dizer palavras bonitas e vou ser tão sincero e humilde que você vai achar que eu finalmente te compreendi e por um momento seu mundo vai brilhar como nunca, e então no outro dia eu vou esquecer ou negar tudo o que eu disse.

Eu também vou te abraçar como se você fosse o que há de mais precioso no mundo e te beijar como se teu corpo fosse a única coisa que eu realmente preciso. Vou cuidar de você quando você estiver doente, fingir que entendo tua TPM e porque você acha que azul não combina com cor-de-rosa. Vou esquecer de te dar atenção no dia-a-dia e de ter paciência quando você se sente insegura e carente. Vou ir ao jogo depois do trabalho e esquecer de te avisar, vou combinar algo com meus amigos no final de semana e só lembrar de te comunicar uma hora antes de partir. Eu vou esquecer de dizer o quanto te aprecio.

Eu também vou te culpar por não me dar liberdade, por querer liberdade, por ter um cíume doentio, por não aparentar ciúme algum. Vou te fazer brigar com todos os teus amigos do sexo oposto, vou ser insensível quando você tiver algum problema comigo e vou ficar na defensiva e fazer você chorar. Vou esquecer de te dizer o quanto te acho bonita e o quanto te quero, mas vou esperar que você saiba, sinta e nunca duvide disso, sem que eu precise falar uma palavra. Vou te induzir a fazer dietas e exercícios, vou comer guloseimas do seu lado e te olhar com cara feia se você pedir um pedaço.

Eu também vou te deixar bilhetes na geladeira, lembretes no celular e links no teu perfil só pra dizer que lembrei de você. Vou te fazer cócegas mesmo que você implore que eu pare, vou me esforçar pra não dormir e te deixar falando sozinha depois que fizermos sexo. Vou elogiar tua lingerie e tuas pernas, vou reclamar do teu culote, vou atender ligações desimportantes e te interromper enquanto você tenta me contar o teu dia.

Eu vou menosprezar tua companhia, vou reclamar que nos vemos com frequência, vou reclamar se você fizer manha e não quiser me ver. Vou notar se você estiver triste, vou te perguntar a razão e vou tentar te ouvir, mas vou subestimar teus motivos e te deixar insegura. Vou rir quando você se sentir insegura, vou brincar com o seu cabelo e vou te dizer pra esquecer tudo. Vou te apresentar para os meus amigos, vou te fazer gostar de quase tudo que eu gosto, mas vou dizer que você não pode me mudar quando quiser me apresentar algo novo.

Eu também vou reclamar da tua maquiagem, das tuas manias e da tua ansiedade. Vou te pedir para usar aquela saia que te deixa gostosa, vou te pegar no colo até meus braços falharem e nós rirmos juntos. Vou cozinhar para você, mas vou ficar irritado se você não quiser lavar a louça. Vou te deixar deitar no meu colo e vou repousar minha mão sobre a tua barriga, mas vou esquecer de desviar o olhar do celular ou da TV pra prestar atenção em você.

Eu vou rir quando você arrotar na minha frente, quando estiver suja de chocolate e quando fizer voz de criança. Vou te olhar nos olhos e apertar a tua bunda, vou concordar com você quando eu estiver cansado e vou sempre te dizer as piores verdades que você não queria ouvir.

Eu não vou te amar, porque o amor não existe. Não vou prometer ficar com você para sempre, porque uma hora ambos vamos cansar um do outro. Não vou ir além do que sou por você, porque minhas convicções serão sempre mais importantes. Não vou fazer grandes gestos para você entender que eu gosto de você, porque romantismo é frescura e fraqueza. Não vou te colocar em primeiro lugar, porque tenho interesses primordiais que sempre virão antes. Não vou te fazer se sentir especial como você idealiza, porque meu conceito é diferente do seu e eu não quero adaptá-lo.

Mas eu me importo com você. Eu não vou te trair, não vou te mentir muito, não vou me afastar tanto. Talvez um dia a mediocridade te afaste, mas eu vou permanecer salvo na minha ignorância - aquela de quem provavelmente não aprendeu a se importar o suficiente.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Perierat

Perierat (latim; português: perdida) : Erro que se comete em relação a uma estrada a seguir, tomando um itinerário errado.


Há um tempo venho tentando encontrar qualquer coisa que eu venha a sentir a ponto de me expressar em palavras tudo o que sinto. Não sei se foi uma promessa de virada de ano, ou se eu simplesmente me proibi a senti a necessidade de escrever tudo que eu sentia, tudo o que eu vivia, tudo que eu via.
Pra uns pode parecer besteira, mas quem escreve sabe o quanto é importante, o real valor de você pode expressar de alguma forma tudo que você acumula dentro do peito, no meu caso não só no coração, mas acumulo muuuuita coisa na alma. Coitada dela, anda tão sofrida ultimamente.
Ás vezes me pego pensando como sou ainda capaz de caminhar com tanta coisa que carrego. Tantas dores, tantas feridas, tantas derrotas, tanta vontade de desistir.. não me leve a mal, não sou depressiva, mas tenha a certeza de que essas coisas citadas são as que mais pesam. Foram aquela minha velha mania de achar que tenho capacidade de tanto sustentar meu mundo como de todos os outros que amam.
Por mais que seja um prazer meu concerta o mundo dos outros, por mais que eu ache justo eu pegar todas as dores alheias pra mim, por mais que eu ache que ninguém mereça ferida nenhuma.. Sabe ando esquecendo que eu sou humana, que eu tenho um mundo só meu, que por sinal tá uma loucura.
Ando perdida dentro de mim. Alguém que passou por aqui me viu onde me perdi?
Querem saber? Ando tão perdida que a solidão tá mais devastadora que um deserto escaldante. Que proeza a minha, conseguir sentir solidão de si mesma. Acredita que nem chocolate e sorvete andam resolvendo?
Meu Deus, eu com o meu mundo de cabeça pra baixo, com um coração tão pequeno que nem sei se ainda tenho e eu aqui ainda tenho humor. Isso é bom não é? Claro que deve ser bom. E mais claro ainda que não tenho certeza.



Ultimamente não tenho mais certeza de nada. Não sei se confio nas pessoas que amo, não sei se confio em mim mesma. Não faço a menor ideia do que anda realmente acontecendo, se eu to na realidade ou num pesadelo.
Eu simplesmente não ando mais a fim de continuar a viver nessa confusão toda. Resolvi sair do centro do meu mundo e ver ele por fora. Quero concertar tudo, mas não tenho muita noção por onde eu começo. Meu mundo anda sem luz, sem vida. Uma bagunça sem tamanho e ainda tem aquelas pessoas que em vez de ajudar criticam, cobram o seu melhor e ainda acham que se você não fazer o mundo delas e o seu funcionarem perfeitamente você é uma completa inútil. Para as outras pessoas nada que eu faça vai realmente está bom.
Minhas atitudes para elas são vistas como grosseiras, sem simpatia. Sou vista como a preguiçosa, a que não em atitude. Só que o que elas não entendem é que não sou um boneco, não sou fantoche.. onde elas usam, manipulam e fazem ordens. Eu sou, ainda que perdida, movida as minhas vontades, ao meus desejos, as minhas horas.
E sabe como isso é viso né? Não preciso nem repetir.
Como se não bastasse eu me cobra o bastante. Nunca vai ser o bastante né?
Querem saber de um segredo? Mesmo eu sendo tão livre, tão solta, tão liberal, tão verdadeira, tão forte, tão fria e até mesmo calculista, tão direta e tudo mais. Eu sou sensível, eu sou romântica, eu sou menina, sou frágil.. resumindo, sou humana como todo mundo. Isso é tão difícil de ver assim?
Sou sim das mulheres que pela felicidade de quem amo faço um mundo inteiro funcionar se for preciso, mas também sou daquelas mulheres que quando isso não é reconhecido se autodestrói para não amar mais.. Sim, eu sei o risco que isso tem, a consequência que isso tem. Se eu me importo? Vamos ver... não. Pelo simples fato de ter a unica certeza de todas, que por mais que você dê seu sangue por alguém que você ama de mais, quando isso passa a ser visto como se fosse uma obrigação sua de fazer aquilo e não como um sacrifício  então.. porque diabos vou me matar por alguém que me ver assim? E claro que dói, e sim, eu não sei como sobrevive a isso uma vez. Mas sei que sempre que eu precisar sou capaz de fazer.
Porque mesmo de fora do centro do meu mundo, eu consigo ver a mesma coisa que antes. Que minha felicidade só depende de mim, e só eu posso dá limites a mim mesma, só eu posso dizer quando parar e quando não.
E hoje eu resolvi parar. Parar pra pensar em realmente toda essa bagunça que está a minha frente, por onde eu vou começar a arrumar tudo e quais atitudes e decisões drásticas terei que tomar. Mas antes de qualquer coisa alguém já conseguiu me achar por ai? Ou aqui, talvez?

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Aprendi... e da minha vida cuido eu.

Eu pensei que o meu mundo isolado era tão isolado quanto eu pensava. Mas, descobri que existem pessoas tão iguais a mim quanto eu mesma. Eu pensei que não tinha amigos, mas descobri que eu também construía muros ao invés de pontes. Descobri que sonhava com um príncipe encantado num cavalo branco não tão encantado assim, é, eu descobri que eles não existem. Eu pensei que dinheiro fosse me fazer feliz, mas descobri que nas coisas simples é que estão as maiores riquezas. Eu pensei que a vida dava voltas, mas descobri que era eu quem mudaria tudo. Eu pensei que seria importante para alguém, mas descobri que me importar comigo mesma era o que realmente eu necessitava.


Eu descobri que eu tenho que fazer tudo o que em minha opinião é realmente importante, por que se eu não fizer ninguém vai fazer por mim. Eu achava que todo problema que eu tivesse eu poderia me trancar no meu quarto começar a chorar até que os problemas se resolvessem sozinhos, mas eu tive que aprender que eu tenho deveres e o mais importante de todos é me tornar alguém, amadurecer sozinha e resolver as minhas coisas sem precisar de alguém segurando a minha mão. Eu tive que criar alguns limites e metas para que eu um dia possa alcançar o que eu desejo. Aprendi também que será maravilhoso conquistar todos o meus sonhos com alguém ao lado, mas se isso não for possível eu terei que seguir em frente mesmo que fiquem pedaços meus pelo caminho que eu escolher seguir. Aprendi que a minha força de vontade e a minha fonte de energia tem que vir de dentro de mim. Não é que eu tenha me tornado egoísta, mas eu devo confiar no meu potencial, por que se eu não for fortemente confiante ninguém vai ser por mim. Deposito minha confiança e entrego o melhor de mim as pessoas que realmente fazem por merecer, não que eu seja desconfiada, mas sorrisos não podem me comover, por que falsos também sabem sorrir. u. Não conto muito sobre mim pra ninguém, para que ninguém saiba coisas que possam me destruir, minhas maiores fraquezas ficam guardadas comigo.

domingo, 27 de janeiro de 2013

This time is over...

     No meio do nosso caminho eu simplesmente soube que não iria dar certo. Mas quem disse que eu quis pular fora do barco? Na verdade, a gente sempre sabe quando uma coisa não é pra ser. E não importa as tentativas frustrantes de mascarar ou salvar uma relação com prazo de validade. Quando tem que acabar, não há otimismo ou conselho que resolva. Fiquei até o fim porque sou teimosa mesmo. Gosto de bagunça. Mas, amor, saber que não é certo, eu sempre sei. Mas gosto de pagar pra ver.



sábado, 26 de janeiro de 2013

Não é tão simples assim...


Ah, se as coisas fossem assim tão fáceis. Como se excluir no facebook fosse tirar da cabeça, como se deixar de ver fotos fosse uma tática quase tão eficiente quando tomar um porre e só lembrar das coisas no dia seguinte. Ah, essa mania boba que as pessoas tem de acreditar que a vida se resume a um "delete". Seria fácil demais. Só mostra o quanto tá machucado, o quanto não sabe lidar com a situação. O pior é que a grande maioria se ilude, deixa de olhar do seu pra olhar pelo do amigo, deixa de ver as fotos, mas ao mesmo tempo se importa com o que a pessoa tá fazendo. Pra que, hein? Até quando vamos acreditar que é fugindo que se resolve um problema? Esquecer junto à ausência é mole, quero ver conseguir tirar da cabeça olhando nos olhos e sabendo que a pessoa tá ali. Esse sim é um grande desafio. Eu cansei de máscara, aceito a verdade por pior que ela seja. Sofro tudo o que tiver pra sofrer, porque é assim que a gente vence o sofrimento. Encarando ele até o final, até não sobrar nenhuma beiradinha. Não suporto coisas mal resolvidas, não vejo graça em agir de uma forma pensando em afetar alguém. Faço o que quero e quando quero, da maneira que acho certo. Talvez seja por isso que eu tenha aprendido a me desligar mais facilmente do que eu acho que mereça ser desligado. Não é questão de um "delete", e sim de ter cabeça. Ou melhor, saber como usá-la.

domingo, 20 de janeiro de 2013

Eu te amo, sabe? Mas, não to mais apaixonada por você.


Hoje eu me senti livre, mas, não por que eu não estava presa a mais nada, é que eu não queria mais me prender a nada. Fiquei tanto tempo concentrada em te amar todos os dias sem entender o porquê, sem me perguntar pra que, acho que até mesmo sem ter um porque, e agora não me concentro mais. Eu te amo, sabe? Mas, não to mais apaixonada por você. Aquilo de ler, reler e treler conversas não existe mais. Aquilo de querer saber tudo da sua vida, de sofrer com cada partezinha de tudo, e depois ir dormir com o coração doído por que você passou mais um dia sem ligar, sumiu. Simplesmente não existe mais. Eu me libertei dessa coisa, coisa que alguns chamam de amor, já eu prefiro chamar de recaída. Por que você sempre foi isso pra mim, uma recaída. Eu me mantinha forte, reta, no caminho. Então se eu me desviava ou me entortava, era você ali, me puxando pra onde eu queria ir, mesmo sem precisar. Você é aquela pinga bem forte de quem fica anos sem beber, por que tem que ser assim; a gente nunca sai de uma abstinência e começa pegando leve, sempre tem que sair do básico e ir pro extremo. Eu tava me recuperando, tava até bem, de verdade, eu nem precisava fingir pra sorrir, tava dando tudo tão certo… Ai aconteceu, você aconteceu, e eu sai do pouco pro muito. Eu fui com tanta força de vontade que, na verdade, só me serviu pra quebrar a cara de um jeito inconcertável. Eu já chorei, já perdi o sono, a fome, o chão, e hoje em dia nem tempo eu perco. Por que você, apesar de tudo, é um desperdício. Eu não teria mudado nada, confesso, mas, você foi a minha maior perda. O que mais me fez perder. Hoje, depois de longos, e quase inacabáveis, dias, eu to bem. To bem sem você. E é tão bom dizer isso sem aquele aperto no coração, ou aquele nó na garganta, ou aquela vontade de chorar. Eu te exclui de tudo que pudesse me lembrar você, mas, não por birra…Foi por conveniência. Decidi memorizar meu CPF ao invés do seu telefone. Sempre fui teu ponto de fuga. Se tava ruim, você ligava pra mim. Se tava vazio, era eu que te preenchia. Se tava cheio, era eu que te guiava. Se qualquer coisa, o jeito quem dava era eu. Eu te atendia em qualquer hora do dia, tava sempre disponível, eu era tão sua que nem era mais minha. E eu sofria. Cada vez que você preferia todo o resto do mundo e me deixava como quinta ou décima opção, eu sofria. Eu sofria por que você não era minha primeira opção, não era por que não haviam outras, você era o único. E eu me remoía, ficava brava, brigava com o mundo, tudo por ele ser tão injusto de não me dar você. De tanto te preencher com tudo de mim acabei ficando vazia, e hoje, por um milagre divino, eu me reenchi. E quando a gente ta cheia, meu bem, a gente não precisa de mais nada. Hoje eu entendi que carta de amor boa é aquela que não tem choro, que não tem apelo, que não implora por algo que não se tem. Uma carta de amor boa é aquela que tem saudade, eu confesso, mas, ela não pede nada de volta, nem diz que quer nada, ela só manda lembranças, e não exige uma resposta. Digamos que essa é uma carta excelente, por que é assim que eu me sinto, e dessa vez não falta nenhum pedacinho. Agora eu consigo conversar com você como eu falo com o cara que arruma as goteiras de quando chove, é natural, meu coração nem te percebe. Eu consigo te ver sorrindo com o meu sorriso pra outras meninas e nem ligar, nem fazer mais questão. Consigo te ver precisando daquilo que só eu consigo te dar, daquele abraço, do espacinho na minha vida, o seu espacinho, e ainda assim preferir ignorar. Consigo ver beleza em todas as coisas, inclusive as que não tem nada de você. E a parte boa de quando você se liberta de um sentimento que te pesava, que te prendia, é que você não precisa de mais nada, por que você olha pra dentro de você e já vê tudo. Livre. Eu consigo até respirar sem querer chorar, consigo ver os nossos filmes, ouvir as nossas músicas, eu até consigo viver sem você. E, pela primeira vez, é a melhor sensação. “Algumas coisas voltam, outras não. E, a única lição que eu tiro disso é que tudo teve seu motivo pra ter sido dessa maneira”.