
"Ela gostava de rock. No volume máximo é claro. Aquelas letras, aparentemente agressivos, explicavam sua vida em poucas palavras. Não sabia como, mas, assim que colocasse o fone de ouvido e aumentasse o som no máximo, se sentia melhor. Se sentia completa. Fechava os olhos, e deixava a melodia fazer seu trabalho. Seu corpo balançava na medida do tom da voz do vocalista. E ela pensava. E se inspirava. Pensava em sua vida. Pensava em como iria seguir em frente. Pensava em uma maneira de sobreviver, e continuar respirando. Chega o refrão, seus olhos já se enchem de lágrimas, mesmo não sendo uma música lenta. Aquela letra, aquela melodia, tocava fundo no seu coração. E a deixava nostálgica, mas ao mesmo tempo, a deixava mais forte, mais segura de si mesma. Ela sentia coisas que não conseguia explicar. E, quando o último acorde soava, e a música estava acabando, ela estava satisfeita consigo mesma. O rock tinha um poder sobre si que nenhuma outra música tinha."
Nenhum comentário:
Postar um comentário